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Memória e Esperança: encontro reúne dezenas de participantes e afirma a força da memória

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mais de cem pessoas se reuniram no sábado, 7 de março, no auditório da ASA (Associação Scholem Aleichem de Cultura e Recreação, no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro), atendendo o convite do Coletivo Memória e Utopia, para trazer à memória as experiências e sentidos dos anos 80.

O evento Memória e Esperança: anos 80 em foco representou o lançamento da proposta do Coletivo Memória e Utopia, um grupo de mulheres e homens com vínculos formais ou históricos em diferentes igrejas cristãs e que vivenciou os processos de renovação e de transformação eclesial durante os anos 1980, assim como a abertura democrática no Brasil e ações humanizadoras de busca da democracia, da justiça e da paz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Coletivo se dispõe a refletir sobre diversos temas e situações que afligem a sociedade e as igrejas atualmente. Para isso, espera possibilitar espaços de articulação e de animação entre pessoas e grupos interessados, que complementem ações de grupos já existentes, visando ao enfrentamento dos desafios do tempo presente através de processos de renovação crítica da relação igreja e sociedade. A referência do Coletivo é o princípio ecumênico da justiça, da paz e da integridade da Criação.

Os instigantes anos 80

A abertura do evento Memória e Esperança: anos 80 em foco foi cuidadosamente preparada pelo Coletivo, com a apresentação de um texto preparado a oito mãos, que destacou elementos da memória eclesial, política, econômica e cultural que marcaram os anos 80 e foram determinantes para a formação desse grupo de pessoas para a vida. O texto, que foi distribuído para todos os 150 presentes, foi lido e ilustrado com imagens e sons da época. O  texto pode ser acessado aqui e o um vídeo com as imagens que o ilustram pode ser acessado aqui.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Esta abertura estabeleceu o clima para a realização do painel que instigou os participantes a pensarem os anos 80 na perspectiva eclesial, dos movimentos sociais e dos processos que envolveram a juventude. Intitulado “Os instigantes anos 80 nas Igrejas, na Política, nos Processos Educativos”, o painel contou com as contribuições do bispo metodista Paulo Ayres Mattos, do professor Chico Alencar e da professora Regina Novaes.

Ao final do painel, participantes puderam levantar observações e questões que relacionam as experiências dos anos 80 com os desafios do tempo presente. Entre eles está a dimensão do diálogo intergeracional e o sentido das vanguardas. Assista ao vídeo deste painel em: https://vimeo.com/411736163

Histórias de vida que desafiam

A parte da tarde do evento Memória e Esperança: anos 80 em foco foi marcada pela partilha de memórias. Num primeiro momento, um painel trouxe quatro contribuições, histórias de quem viveu e atuou coletivamente nos anos 80. Marilia Schüller expôs seu envolvimento e liderança nas ações de superação do racismo e afirmação da negritude tanto na Igreja Metodista quanto no movimento ecumênico. O professor Daniel Evangelista de Souza compartilhou o marcante trabalho com adolescentes que fez história na Igreja Metodista no Rio de Janeiro. A professora Nalu Rosa relatou sua atuação no movimento estudantil e no movimento de adolescentes metodistas que formou bases para o seu engajamento em movimentos sociais diversos. A professora Leu Cruz narrou sua formação nas comunidades de base da Igreja Católica e as experiências ecumênicas na Baixada Fluminense. Assista o vídeo deste painel em: https://vimeo.com/419581846 

Este painel serviu de motor para o diálogo que se seguiu em quatro rodas de conversa, compostas pelos presentes. Além de ser espaço para novas partilhas de histórias de vida, as rodas de conversa foram o espaço de discussão para as questões “no que esta memória ilumina o tempo presente? Para onde podemos ir a partir daqui?”.

Perspectivas

Um painel final trouxe contribuições de observadores convidados que, a partir do que foi apresentado nos painéis e nas rodas de conversa, ofereceram indicações para prosseguimento das reflexões e ações futuras. As contribuições de Milton Quintino, da professora Renata Menezes, de Nilza Valéria Nascimento e do professor Celso Cárias apontaram para a força da memória não como nostalgia (saudade de um passado que não volta mais) mas como utopia (ressignificação do passado à luz do presente e do futuro a ser construído). Nesse sentido, é preciso olhar para os anos 80 com perspectiva crítica, não idealista, e responder às demandas do presente com inspiração nas possibilidades de articulação e aprendizado que marcaram aqueles anos e precisam ganhar novo sentido. O vídeo deste painel está disponível aqui: https://vimeo.com/445325291

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